sexta-feira, 25 de março de 2011

A janela



Na janela ela podia ver o mundo e imaginava - o como em sua mente. Seus medos já não existiam mais e seus desejos estavam todos realizados. Seu amor estava ao seu lado. A minoria tinha voz ativa e a maioria era mais inteligente. Fazia sol todos os dias, mas um sol morno, gostoso, não aquele que queima a pele e a faz passar mal. As pessoas eram boas e solidárias uma com as outras, e a justiça era justa. Seus idolos estavam por perto e não havia mais lágrimas, a não ser aquelas suficientes para lubrificar os olhos. Da janela ela imaginava tanta coisa que num momento de desespero a abriu e tudo o que desejava foi sumindo como num filme que termina, em câmera lenta. 

(Adriano Alex)

quinta-feira, 3 de março de 2011

15 ANOS SEM MAMONAS, 15 ANOS DE SAUDADES.

Lembro como se fosse hoje, era domingo e eu estava na missa, sim, naquela época era frequentador assiduo da catequese. Pararam a missa um instante para dar uma notícia. A notícia que iria fazer o Brasil chorar. Pessoas ainda cantavam o hit que os consagrou: "mina, seus cabelo é da hora, seu corpo um violão, meu docinho de coco, ta me deixando loucooo...", era o auge dos meninos de Guarulhos que mudariam o nossa concepção de rock nacional. Um acidente aéreo no dia 2 de março de 1996 e os 7 meses de sucesso acabavam de terminar. Ledo engano, 15 anos depois as pessoas ainda cantam o hit que os consagrou. Suas músicas de crítica misturadas com um humor descraxado são hits tocados na maioria das baladas, e dificilmente há um que não saiba no mínimo um trecho de alguma música deles. 15 anos sem Mamonas, mas o sucesso não morreu naquele acidente aéreo, apenas os firmaram como a banda mais amada do Brasil nos útlimos tempos. A tendência é que as gerações futuras nem venham a saber quem foram os Mamonas, mas a minha geração com certeza não esquece, e pode se passar mais 15 anos, e mais 15 anos, que ainda estaremos cantando "Pelados em Santos" como se fosse o último sucesso e chorando a morte de nossos ídolos. Como já disse antes, depois de Ayrton Senna, acho que o Brasil nunca sentiu tanto a morte de um ídolo como sentimos a morte daqueles cincos meninos, o fim da banda MAMONAS ASSASSINAS.